Erros comuns ao solicitar empréstimos pela internet

Erros comuns ao solicitar empréstimos pela internet

Pedir empréstimo online se tornou uma alternativa rápida e prática para muitos brasileiros, mas também envolve riscos que podem levar a prejuízos financeiros e transtornos emocionais. Neste artigo, vamos explorar as principais falhas cometidas ao solicitar crédito pela internet, trazendo dados atuais, exemplos reais e dicas práticas para você evitar armadilhas.

Com mais de 15 milhões de simulações realizadas em março de 2025 no app “Crédito do Trabalhador” do Governo Federal e 68 milhões de usuários cadastrados na Carteira de Trabalho Digital, é fundamental conhecer as melhores práticas para não cair em golpes ou comprometer seu orçamento com juros abusivos.

Falta de verificação da instituição

Um dos erros mais graves é não verificar a legitimidade da instituição antes de enviar documentos e dados pessoais. Golpistas criam sites falsos que imitam bancos e financeiras sérias, explorando a falta de atenção dos consumidores.

  • Erros de português no site e ausência de CNPJ.
  • Solicitação de taxas antecipadas para liberação do crédito.
  • Ausência de referências em canais oficiais, como Reclame Aqui.

Antes de fechar qualquer contrato, pesquise a reputação da empresa em plataformas de avaliação e verifique registros no Banco Central. Essa etapa simples pode evitar prejuízos irreversíveis.

Não comparar diferentes ofertas

Muitos solicitantes aceitam a primeira proposta que aparece, sem comparar taxas, prazos e condições oferecidos por outras instituições. Essa negligência frequentemente resulta em custos finais muito superiores ao esperado.

Use comparadores online que reúnem ofertas de mais de 360 instituições. Essa pesquisa pode resultar em economia significativa no valor total pago, além de condições de parcelamento mais flexíveis.

Excesso de valor solicitado

Outro deslize comum é contratar valor superior ao necessário, atraído por pré-aprovações automáticas que não consideram sua real necessidade ou capacidade de pagamento. Assim, o devedor se vê pressionado por parcelas elevadas.

Para evitar esse problema, adote o seguinte critério:

  • Nunca comprometa mais de 30% da sua renda mensal com parcelas.
  • Faça um cálculo detalhado das despesas fixas e variáveis antes de escolher o valor.

Respeitar esse limite legal, especialmente no crédito consignado onde o teto é de 35%, preserva sua saúde financeira e permite lidar com imprevistos.

Desconsiderar encargos e taxas

Muitos consumidores se concentram apenas no valor da parcela mensal, sem analisar todas as taxas e encargos que compõem o Custo Efetivo Total (CET). Isso oculta gastos adicionais que podem encarecer muito o empréstimo.

Veja alguns itens que merecem atenção redobrada:

  • Tarifa de abertura de crédito (TAC).
  • Seguro prestamista e encargos administrativos.
  • Multas por atraso e cobrança de juros moratórios.

Somar todos esses valores ao longo do contrato permite visualizar o gasto real e calcular se a operação é viável.

Assinar sem ler o contrato

Muitas pessoas concluem o processo digital apenas clicando em “aceito”, sem ler e entender o contrato na íntegra. Essa atitude pode esconder cláusulas abusivas, prazos de carência e restrições de portabilidade.

Para evitar surpresas:

  • Leia cada cláusula com calma e destaque pontos duvidosos.
  • Questione a instituição sobre qualquer taxa não compreendida.
  • Verifique condições de quitação antecipada e possíveis descontos.

O entendimento completo do contrato é a melhor forma de prevenir litígios e cobranças indevidas no futuro.

Falta de planejamento financeiro

Ignorar o orçamento mensal é um dos caminhos mais rápidos para a inadimplência. Sem planejamento financeiro antes de contratar, o tomador corre o risco de não conseguir honrar as parcelas, impactando o score de crédito.

Recomenda-se:

  • Registrar todas as despesas fixas (aluguel, contas, alimentação).
  • Estimar gastos variáveis (lazer, transporte, saúde).
  • Realizar simulações que considerem essas despesas já existentes.

Esse controle pessoal contribui para escolha de prazos e valores de parcela realmente compatíveis com sua realidade financeira.

Ignorar simuladores oficiais

Por fim, muitas pessoas não utilizar simuladores oficiais ou seguros oferecidos pelo Governo ou grandes instituições para avaliar cenários de crédito com segurança.

No app “Crédito do Trabalhador”, mais de 15 milhões de simulações foram feitas em março de 2025, gerando 1,5 milhão de propostas efetivas. Esses números mostram o potencial dessa ferramenta para:

  • Comparar ofertas de crédito consignado e pessoal.
  • Identificar taxas legais e condições mais vantajosas.
  • Planejar antecipadamente o impacto no orçamento.

Utilizar essas soluções oficiais reduz a chance de cair em ofertas abusivas e facilita a escolha consciente.

Conclusão

Solicitar empréstimo pela internet oferece conveniência, mas exige atenção redobrada a vários detalhes. Evitar não verificar a legitimidade da instituição, sempre comparar taxas, prazos e condições e respeitar o limite de comprometimento da renda são passos fundamentais.

Além disso, é essencial analisar todas as taxas e encargos, ler e entender o contrato com cuidado e não abrir mão de um planejamento financeiro antes de contratar. Por fim, utilizar simuladores oficiais ou seguros pode ser o diferencial para encontrar a melhor oferta sem surpresas.

Seguindo essas práticas, você aumenta suas chances de contratar um empréstimo adequado às suas necessidades e capacidades, preserva sua saúde financeira e evita cair em armadilhas online.

Giovanni Medeiros

Giovanni Medeiros

Giovanni Medeiros, aos 27 anos, se dedica a transformar informações financeiras em ferramentas úteis no site boavh.com. Com um estilo direto e funcional, ele aborda temas como crédito, empréstimos e planejamento econômico, sempre focando em soluções aplicáveis no dia a dia.