Evite saques no crédito devido ao custo elevado

No atual cenário econômico, decisões financeiras podem definir a diferença entre segurança e endividamento. Um dos recursos mais perigosos, e ainda assim amplamente utilizado, é o saque no crédito. Embora pareça uma solução rápida, essa operação pode agravar problemas e dificultar o equilíbrio do orçamento. Entenda por que essa prática merece atenção redobrada e descubra caminhos mais saudáveis para suas finanças.
O que é saque no crédito?
O saque no crédito consiste em retirar dinheiro usando o limite do cartão de crédito, gerando um adiantamento que as instituições tratam como crédito de curtíssimo prazo. Essa operação difere de saques na função débito ou em contas correntes, pois envolve tarifas e juros diários.
Ao recorrer a essa modalidade, o cliente assume uma dívida que incide tarifas e juros desde o primeiro dia de uso. tarifas e juros elevados desde o primeiro dia tornam o custo final muito superior ao valor recebido.
Custos diretos do saque no crédito em 2025
Em 2025, as principais instituições do país mantiveram tabelas impressionantes de tarifas. Confira os valores cobrados por operação:
BRB: R$ 19,90 por retirada em espécie dentro do Brasil e R$ 25,00 no exterior.
Santander: tarifas de R$ 17,65 a R$ 18,25 em correspondentes bancários.
Caixa, Itaú e Banco do Brasil: variam entre R$ 15,00 e R$ 25,00, dependendo do canal e do pacote do cliente.
Além dessas tarifas fixas, incidem os juros rotativos, que podem superar 10% ao mês. Em um exemplo prático, um saque de R$ 500,00 com tarifa de R$ 19,90 e taxa de 10% ao mês pode gerar um custo final próximo de R$ 70,00 após 30 dias.
Comparação: saque no crédito versus outras formas de crédito
Para avaliar alternativas mais econômicas, veja como o saque no crédito se compara a outras modalidades de crédito:
Por que o saque no crédito é caro?
Diversos fatores explicam o alto custo dessa operação:
1. risco elevado para o banco: a inadimplência e a facilidade de acesso a recursos sem garantias aumentam os custos para as instituições.
2. Juros rotativos: considerados os mais altos do sistema financeiro brasileiro, eles se capitalizam diariamente e elevam a conta final.
3. Tarifa pela comodidade: retirar dinheiro fora do ciclo da fatura implica uma cobrança que remunera a rapidez do serviço.
Consequências e armadilhas
- O valor sacado transforma-se em dívida que rende juros desde o primeiro dia;
- Muitos consumidores confundem essa operação com o saque em débito, ignorando as tarifas;
- Uso recorrente pode levar a dívida cíclica difícil de liquidar, pois os juros se acumulam sobre o saldo devedor;
- O endividamento crescente compromete o orçamento e diminui a capacidade de obter linhas de crédito melhores.
Ao cair nessa armadilha, o consumidor pode sentir o peso de faturas cada vez mais altas, gerando um ciclo de estresse financeiro e tomadas de decisão desfavoráveis.
Alternativas e orientações
- Utilize o saldo disponível em conta corrente ou poupança sempre que possível;
- Considere empréstimos consignados ou pessoais com custo menor para necessidades urgentes;
- Comparar todas as opções antes de decidir é fundamental para encontrar a melhor taxa;
- Converse com seu gerente ou utilize simuladores no Internet Banking para simular valores;
- Aproveite a portabilidade de crédito para migrar dívidas a bancos que ofereçam condições mais vantajosas.
Essas medidas podem reduzir significativamente o custo financeiro de um eventual empréstimo e evitar que você entre em um ciclo de endividamento.
Público de maior risco
Pessoas com orçamento apertado e sem margem para empréstimos tradicionais estão entre as mais vulneráveis ao saque no crédito. A facilidade de obtenção faz com que muitas vezes não avaliem o custo real da operação.
Aposentados e pensionistas costumam receber ofertas de cartão consignado com taxas menores que as rotativas, mas ainda assim consideráveis. Sem comparar alternativas, acabam comprometendo parte significativa da renda.
Jovens iniciando a vida financeira, sem experiência em gestão de despesas, podem ser surpreendidos por cobranças que ultrapassam suas possibilidades de pagamento.
Resumo de números para 2025
- Tarifa por saque no crédito: de R$ 17,00 a R$ 25,00;
- Juros rotativos do cartão de crédito: até 10% ao mês;
- Taxa do consignado INSS: até 1,85% ao mês;
- Taxa do cartão consignado: até 2,46% ao mês;
- Tarifa por saque na conta corrente/poupança: R$ 3,00 a R$ 5,00.
Com esses dados, você pode tomar decisões mais informadas e afastar-se de opções que onerem seu orçamento e comprometam seus objetivos de médio e longo prazo.